sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Colinas de Sangue (2009)

Colinas de Sangue (The Hills Run Red, EUA/Bulgaria, 2009)
Diretor: Dave Parker
Elenco: Sophie Monk (Alexa), Tad Hilgenbrink (Tyler), William Sadler (Concannon), Janet Montgomery (Serina), Alex Wyndham (Lalo), Ewan Bailey (Sonny), Danko Jordanov (Babyface), Mike Straub (Gabe), Hristo Mitzkov (Jimbo), Raicho Vasilev (Babyface como ator), Itai Diakov (Babyface jovem).
SINOPSE: Você conhece a história. Aquela sobre a festa mais violenta e sanguinolenta de todas; aquela feita nos anos 80, mas misteriosamente perdida. Avance no tempo até hoje: jovens fãs do terror buscam por um lugar secreto onde o filme foi rodado, esperando encontrar pelas históricas cenas. Mas o que eles descobrem é que aquele épico banho de sangue é muito mais que um filme. É real. E agora eles são as mais novas estrelas "contratadas". © Warner Bros







O que o leitor procura quando vai assistir a um filme de horror de maneira descompromissada, buscando apenas diversão? Violência com muito gore e efeitos de maquiagem práticos, nudez gratuita, humor negro, tensão, mistério, um vilão original? Se isso bastar, então Colinas de Sangue, longa de 2009 distribuído diretamente para vídeo, cumpre bem o seu propósito de entreter o espectador, mesmo aquele menos chegado às convenções de gênero. Curiosamente, é justamente quando o longa tenta bancar o pretensioso é que se dá mal. Mas falemos disso mais adiante.

A ideia do longa, originada dois anos antes de sua concepção, a partir de um argumento original do diretor Dave Parker e até mesmo de um trailer falso, esperou um longo tempo até que a Warner, usando seu "selo independente" Warner Premiere (também responsável por Contos do Dia das Bruxas) embarcou no projeto e juntamente com a Dark Castle (produtora responsável por filmes como A Casa de Cera e Navio Fantasma) levantou um pequeno orçamento e contratou um elenco majoritariamente americano para a produção (o filme foi filmado na Bulgária) que teve contribuições no roteiro de David J. Schow (O Corvo, O Massacre da Serra Elétrica 3), John Dombrow (Vespas Assassinas) e John Carchietta.


De início bastante promissor e até mesmo empolgante, a trama segue o obstinado Tyler (Hilgenbrink), um jovem fanático por filmes de horror, em especial de um longa independente dos anos 80 que ganhou fama de amaldiçoado após ser banido nos cinemas após sua única exibição, devido ao seu conteúdo gráfico, junto com esse fato aparentemente todos da equipe e elenco, incluindo o diretor Concannon (Sadler), sumiram do mapa, e nenhuma cópia nunca foi encontrada. Tyler parte então em busca de Alexa (Monk), filha do diretor do filme perdido e que estava presente no trailer do filme, e descobre que a tal moça é stripper em um boate e viciada em drogas. Como que por milagre, o rapaz não só tira a moça daquela vida, como também a convence a partir com ele, sua namorada Serina (Montgomery) e seu melhor amigo fura-olho, Lalo (Wyndham) numa viagem com destino às locações onde ocorreram as gravações do filme maldito. Chegando lá, claro, algo indica que o filme não está finalizado e os jovens serão as mais novas estrelas a morrer pela arte.

Ao mesmo tempo em que o roteiro é esperto ao subverter algumas convenções de gênero, como aquela do assassino que nunca morre, mesmo quando atingido, ou outra em que um dos heróis tenta convencer o vilão, fingindo ser seu amigo; acaba demonstrando extrema fragilidade em vários pontos, principalmente a partir dos 60 minutos de projeção, quando se transforma numa confusa salada narrativa sem um pingo de ritmo. Pior: Ainda exibe enormes rombos de lógica interna e ainda tenta explicá-los através de flashbacks desnecessários e diálogos expositivos, que só não são mais constrangedores graças ao talento do ator William Sadler. Vale ainda a menção desonrosa à inserção, ainda que pontual, de um CGI grotescamente mal feito.



Entretanto, antes de desandar completamente o filme apresenta boas surpresas num elenco homogeneamente bom, exceto, talvez, pelo protagonista Hilgenbrink, que se revela um canastrão com suas caras e bocas e uma risada extremamente forçada. Por outro lado merece destaque a ótima sacada que ocorre na cena do acampamento. Pena que a partir desse ponto, pouca coisa consiga manter o interesse no longa, uma vez que aquilo que era até então um passatempo tenso e bem construído, se transforma num pretensioso metafilme que não chega a lugar algum. Se o espectador ignorar tais pontos e embarcar na divertida viagem, não deve se decepcionar, ainda que fique um sentimento de que o resultado poderia ser infinitamente superior caso o longa seguisse a premissa inicial.






Curiosidades:
  • Cinco latões com sangue falso, de 55 litros cada, foram usados na cena do trailer inserido no filme que mostra, literalmente, as colinas correndo sangue;
  • O diretor Dave Parker não conheceu o elenco até dois dias antes de começarem as filmagens;
  • O cenário da fazenda foi reaproveitado de outro filme;

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