quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Última Casa da Rua


A Última Casa da Rua (House at the End of the Street, EUA, 2012)
Direção: Mark Tonderai
Elenco: Elisabeth Shue (Sarah), Jennifer Lawrence (Elissa), Max Thieriot (Ryan), Gil Bellows (Weaver), Nolan Gerard Funk (Tyler), Eva Link (Carrie Anne), Allie Macdonald (Jillian), Jordan Hayes (Penn State Carrie Anne), Krista Brudges (Mary Jacobson), James Thomas (Ben Reynolds), Haille Sisera (Caitlin), Craig Eldridge (Dan Gifford), Jonathan Higgins (Dr. Kohler), Olivier Surprenant (Jake), Lori Alter (Jenny Gifford).
SINOPSE: Mãe e filha se mudam para uma nova cidade e se encontram vivendo próximas a uma velha casa aonde uma garota matou seus pais. Quando a filha resolve se aproximar do filho sobrevivente, ela descobre que a história está longe do fim.

CONTÉM SPOILERS



Há um mal que assola o gênero thriller de mistério no século XXI. Os mistérios frouxos que são revelados em uma reviravolta patética no final. Basta verificar em filmes fracos como O Amigo Oculto e Aterrorizada para perceber a presença desse moderno clichê que parece servir de engodo às histórias sem conteúdo ou originalidade. Ao ler a sinopse de A Última Casa da Rua e acompanhar sua sequência inicial, já esperava por algo similar, mas por um momento o filme conseguiu que eu acreditasse que estava vendo algo superior. Apenas por um momento.

O filme, como de costume, nos apresenta logo de cara a uma cena de flashback. Uma garota visivelmente perturbada mata cruelmente seu pai e sua mãe sem motivo aparente. Já  no presente, Elissa (Jennifer Lawrence) e sua mãe Sarah (Elisabeth Shue) se mudam para uma remota região circulada por mata. Perto dali existe uma casa que descobrimos ser o local do homicídio mostrado no início do filme, ocorrido anos antes. O filho do casal morto, Ryan (Max Thieriot) parece morar sozinho na antiga casa e logo Elissa faz amizade com ele, mas descobre que ele pode guardar um segredo muito macabro.

O filme começa bem ao utilizar a óbvia, porém eficiente estratégia de colocar as protagonistas em um local ermo e cercado de floresta, o que contribui para estabelecer o clima opressor do local. Além disso, o primeiro ato do filme caminha em ritmo lento, mas interessante por permitir a criação de uma boa dinâmica entre os personagens. O primeiro ‘mistério’ nos é revelado com menos da metade da projeção, o que me fez acreditar que o desfecho da trama seria o oposto daquilo que esperava inicialmente. No fim do segundo ato, o filme conseguiu me prender justamente pelo carisma e atuações de Jennifer Lawrence e Max Thieriot, mas não demorou para que nos minutos finais a trama se revelasse como uma colagem de clichês com um plot twist bobo e inverossímil no final. Para ter uma ideia do desastre, após Ryan ser alvejado por Elissa, ele cai aparentemente morto e Elissa vai verificar. Nesse momento no cinema, uma garota de uns 12 ou 13 anos, acompanhada pela mãe, e que estava sentada na poltrona à minha frente, comentou que Ryan iria subitamente se levantar, assustando a mocinha e a plateia.  Esse clichê pode ter funcionado com Elissa, mas com o público não funcionou.



Curiosidades:
  • O filme foi feito no formato 2-perf Technicoscope para garantir ao filme uma imagem granulada típica dos filmes de terror antigos e economizar dinheiro. Apesar disso, "Filmado em Panavision" é mostrado nos créditos;
  • O filme foi originalmente previsto para 2003, com Richard Kelly (Donnie Darko) escrevendo o roteiro.

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Críticas e elogios ;) são bem vindos. Fique à vontade para comentar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...